Crónicas de uma menina de Callcenter…

Ou

Como me tornei uma anarco-sindicalista bombista

Cheguei ao trabalho. Dois dos meus colegas despediram-se hoje.

Outro dos meus colegas tem a seguinte imagem colada:

Pergunto-lhe:

– O que é que se passou?

– (Ele) Estou doente e não me deixam ir para casa.

Crónicas de uma menina de Callcenter…

Ou

Como me tornei uma anarco-sindicalista bombista

Ouvido no colega ao lado:

(Op. de Callcenter) – … E o seu telemóvel fica com 2000 min. de chamadas e 2000 sms, todos os meses, com esta melhoria do seu serviço…

(Cliente) – Sim, parece um bom serviço, mas neste momento estou desempregada e não quero adquirir nenhuma actualização de serviço…

(Op. de Callcenter) – Mas este é um serviço de grande qualidade que lhe permitirá telefonar para todas as redes e poupar nas suas telecomunicações!

(Cliente) – Ouça, sem a fidelização, se eu não tiver dinheiro, posso decidir não carregar o telemóvel. Neste momento há meses em que não sei se consigo comer… Percebe?

(Op. de Callcenter) – Mas ao menos tem televisão!!!